Mais uma paralisação, agora pelo TJD da Federação, deixa a Copa Oeste em xeque. Não lembro de tantos problemas numa mesma edição da competição. Apesar do esforço da Liga, que ressuscitou a disputa ano passado, 2010 será um ano para não esquecer, como exemplo. Sem entrar no mérito da questão, o regulamento, realmente, deixou buracos possibilitando a ação do CSI, no seu direito pleno de recorrer aos tribunais, ao sentir-se prejudicado. Por tabela, Baraúnas e Apodi também acabam pagando o ônus. A LDM precisa rever situações, como a elaboração dos regulamentos e execução de suas competições. Também precisa aplicar mais a austeridade, sendo menos complacente com aqueles que só embasam suas disputas. Ingenuidade demais também é pecado. Não se pode crer apenas em palavras, que mudam com o vento, quando são os documentos que ditam a legitimidade das decisões. A falta de uma equipe técnica, atualizada, como suporte, pesou muito neste ano. Não se faz mais futebol baseado apenas na abnegação. Quem faz só por querer, só faz quando pode ou quer. Não há compromisso. E convenhamos que essa condição é pouca para tudo que a Liga, em sua boa vontade, se propõe a oferecer. Mesmo se tratando de uma entidade amadora, profissionalizar setores é uma necessidade. Mas para isso, falta o principal dispositivo: dinheiro. É aí que entra a história da sustentabilidade, termo que ganhou maior notoriedade com o assunto da permuta ou venda do Nogueirão e que interliga todos esses assuntos. Sem condições de tocar alguns projetos é melhor simplificá-los, adiá-los ou arquivá-los, enquanto se encontra recursos, para não sofrer desgaste desnecessário. Trocando por um ditado popular, é não pegar no pote se não puder com a rodilha. De migalhas e compaixão é que não dá para sobreviver mais no esporte. É a opinião de quem conhece o esporte local há pelo menos 30 anos e quer apenas o seu bem e de todos os homens de bem que se dispõem a tocá-lo, como a maioria que está na Liga.
Fonte : Coluna Jogo Aberto/Jornal de Fato com Fábio Oliveira.
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