Mundial de Basquetebol Master: uma lição de vida e de amor ao esporte

Jogadores de Brasil e Argentina

Assistir aos jogos do Campeonato Mundial de Basquete Master é uma grande lição de vida. No evento internacional, é possível assistir milhares de atletas veteranos, que, apesar da idade, seguem em plena forma física. Um exemplo foi o jogo entre Brasil e Estônia da categoria 65+, que é destinada para pessoas com mais de 65 anos de idade. O jogo aconteceu neste domingo (26) e o Brasil ganhou esse confronto pelo placar de 55 a 39. Quem esperava uma partida morna entre atletas tão veteranos, viu um jogo quente, com muitas jogadas de ataque e disposição total deles. O Brasil conta com um elenco forte em que buscou cansar o adversário, para entrar em um ritmo forte no final do jogo e garantir a vitória. Como conseguiram correr muito durante os quatro tempos, os brasileiros foram bastante aplaudidos pela torcida que presenciou o jogo no ginásio da AABB.

Um dos destaques da equipe brasileira foi o pivô Lausson, de 69 anos. O atleta foi vice-campeão Sul-Americano com a Seleção Brasileira em 1966. Depois disso, ultrapassou a barreira dos 40 anos jogando basquete profissional e nunca mais conseguiu se desligar do esporte, tanto é que já está ligado ao basquete máster há vinte anos. “Cada ano é uma vitória. Ficamos sempre imaginando se vamos conseguir competir no ano seguinte. Para isso, treinamos forte, fazemos academia. É sempre uma nova emoção estar em mais um mundial de basquete. Se Deus quiser, ainda virão muitos”, acredita Lausson.

Lausson é o jogador mais veterano da sua equipe. Nem por isso se aproveita da idade, para colocar os companheiros de time por ele. O ex-jogador da Seleção Brasileira faz questão de se esforçar ao máximo e suar a camisa. “O Basquete Master é, mais do que tudo, um exemplo para os mais jovens. Por isso, nós que aceitamos o desafio de jogar essa competição temos que no doar ao máximo e correr muito, buscando sempre a vitória”, disse Lausson.

Em outro jogo da categoria 65+, entre Brasil B e Argentina, é possível também ter grandes exemplos de vida nos dois lados. Os jogadores brasileiros mostraram que estão muito bem fisicamente, ao garantir uma vitória emocionante no final. Perdendo por 10 pontos de diferença, faltando três minutos de jogos, o Brasil conseguiu uma virada histórica e venceu por 51 a 49.

Para isso, foi preciso correr muito durante os minutos finais. O paranaense César Pereira, de 67 anos, participou de uma partida e disse que um clássico contra a Argentina vale qualquer esforço. “Nós saímos exaustos, mas no esporte é assim mesmo. Provamos que pudemos e que não estamos aqui para brincadeira. Essa vitória valeu pelo campeonato todo”, disse César Pereira.

Do lado da Argentina houve insatisfação e reclamação da arbitragem, mas eles acreditam que têm força para recuperar os pontos perdidos. “Argentino é guerreiro e vai lutar sempre”, disse Miguel Ciufe, que comentou logo, em seguida, que o importante mesmo é competir em um evento como esses. Ele acredita também que ains terá vida longa no basquete, mesmo já tendo 67 anos. “Enquanto puder andar, eu vou competir. Não quero deixar o basquete jamais”, disse Miguel.

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