O uso do raio laser nos estádios de futebol está virando uma rotina entre os torcedores. Quem não se lembra da final da Copa do Brasil entre Coritiba e Vasco, com Fernando Prass sendo bombardeado pela facho amplificado de luz verde no rosto, dificultando a visão e atrapalhando a concentração do goleiro. No primeiro momento parece uma brincadeirinha inofensiva, coisa de pré-adolescente, mas na verdade trata-se de um ato covarde e ao mesmo tempo de jogo sujo. Interferência externa numa partida profissional é roubo, é desonestidade, falcatrua, trapaça. Pois bem, para que o problema não continue se alastrando pelos gramados brasileiros, a Comissão de Arbitragem da CBF decidiu trabalhar um pouquinho. Como é muito difícil de encontrar o pequeno objeto nas revistas policiais nos acessos aos estádios, foi enviado nessa semana a todas as federações um ofício aos árbitros advertindo e solicitando uma atuação preventiva. Ou seja, toda vez que um torcedor resolver utilizar a brincadeira de mau gosto, o juiz terá que parar a partida e pedir para o policiamento identificar o espertalhão ou otário, pois se for flagrado será encaminhado à delegacia e terá o seu lindo nome registrado num boletim de ocorrência, passível de inquérito policial. E tem mais, os árbitros que não relatarem os fatos na súmula estarão sujeitos a punições pelo Código Brasileiro de Justiça Desportiva. Excelente a iniciativa da CBF, é hora de moralizar e acabar com essa triste mania brasileira de querer levar vantagem em tudo.
Fonte: Coluna Drible Curto com Fábio Pacheco
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