O ESPORTE DE ASSU E REGIÃO, OBRIGADO PELA VISITA

domingo, 1 de abril de 2012

Atleta potiguar brilha em rede nacional pelo The Ultimate Fighter Brasil


O único potiguar de nascença que ainda participa do "The Ultimate Fighter Brasil - Em Busca de Campeões", transmitido pela TV Globo em cadeia nacional, Anistávio Gasparzinho, teve que ralar muito para conseguir essa oportunidade. Caçula de uma família com cinco irmãos, ele chegou a pastorar carros para conseguir comprar o seu primeiro kimono. Familiares contam a trajetória do lutador, desde sua infância, em São João do Sabugi até chegar ao programa. Anistávio vem de uma família humilde do município da região do Seridó. Ele é o mais novo de uma família de cinco irmãos. "O Anistávio é o nosso caçula. Sempre foi um cara muito brincalhão, que desde pequeno correu atrás das coisas que ele queria", recordou Márcio Medeiros, irmão do atleta, que afirma que foi exatamente por ser o mais jovem da família que Gasparzinho começou a se interessar pelo mundo das lutas. "Durante toda a vida dele ele sempre gostou de esporte. É uma coisa que vem desde pequeno Como ele era o caçula,ele era o que mais levava "cacete" de todos os outros irmãos. Então ele teve que começar a engrossar o coro e começou a se interessar a virar lutador. Caso contrário iria ficar apanhando pelo resto da vida dele". A brincadeira com o caçula era tão grande que foi aí que surgiu o apelido que o acompanharia pelo resto da vida. "É só olhar para ele que você já sabe o motivo do apelido. Ele é muito branco. Parece o Gasparzinho mesmo". Tentando buscar uma vida melhor para os filhos, a família resolveu sair do interior e vir morar em Natal. Mas dois anos depois da mudança para a capital, os pais de Anistávio se separaram. "Foi uma coisa normal. Não houve briga nem nada. Só que quando não está dando mais certo tem que acabar mesmo", frisou Márcio. Apesar da separação não ter afetado a família, os filhos resolveram morar com mãe e começaram a procurar emprego. Com pouco mais de 10 anos Gasparzinho virou pastorador de carros. Assim o lutador foi ajudando a mãe e juntando dinheiro. Até um dia em que a economia foi o bastante para ele dar mais um passo importante para ingressar no mundo das lutas. "Passando um tempo como pastorador de carros, Gasparzinho conseguiu comprar o seu primeiro kimono. Era um kimono de segunda mão, mas ele ficou muito feliz de ter conseguido comprar", disse Medeiros.

Anistávio foi adotado pela família "Pitbull"
Com o novo kimono Gasparzinho começou a treinar jiu-jitsu. Mas a necessidade de trabalhar para conseguir ajudar a mãe acabava atrapalhando o desenvolvimento do atleta. Foi então que uma outra família apareceu na vida do lutador, que até então era apenas mais um garoto tentando realizar o seu sonho. "O meu pai, que é coronel da Polícia, ficou sabendo do Gaspar. Eu já o conhecia, por já ter o visto treinando. Então soubemos das condições dele e decidimos dar uma oportunidade. Então ele veio morar com a gente", afirmou Patrício Pitbull, que contou que o interiorano rapidamente começou a se destacar. "Ele passou seis anos morando com a gente. Ainda adolescentes nós começamos a participar de algumas competições e o Gaspar começou a se destacar", disse. Hoje Patrício e o seu irmão, Patricky participam do Bellator, um dos eventos mais importantes do MMA mundial. Ele acredita que em breve Gasparzinho estará entre os melhores. "Ele tem muito talento. E além de tudo é um cara que quando quer alguma coisa não tem ninguém que o impeça de conseguir. Então ele tem tudo para começar a brilhar no MMA".

A grande oportunidade
Depois de batalhar muito para conquistar um espaço no mundo da luta, no início deste ano veio a grande oportunidade. O UFC confirmou que faria uma edição do "The Ultimate Fighter" no Brasil, programa que garante aos vencedores um contrato com a organização mais importante do MMA mundial. "O Gaspar ficou muito animado. Era a oportunidade que ele estava esperando para mostrar o seu potencial", destacou Márcio Medeiros, irmão do atleta, que ainda lembrou que Anistávio já foi convidado para treinar longe de Natal, mas nunca aceitou. "Ele recebeu convites até para treinar fora do Brasil. Mas ele é muito apegado a família. Agora surgiu essa oportunidade e tenho certeza que ele não vai desperdiçar". Selecionado como um dos 32 atletas que iriam passar pela fase preliminar, no episódio de estreia do programa, que ocorreu no domingo passado, quando o presidente do UFC, Dana White, falava com os atletas sobre a oportunidade que eles estavam tendo, o potiguar não controlou a emoção e começou a chorar, fato que repercutiuem todo o Brasil. "Ele sempre foi assim. É um cara casca grossa dentro do octógono, mas fora ele é muito emotivo", declarou Márcio. Depois de vencer o paulsita Rafael Bueno, o programa de hoje mostrará em qual equipe o peso-pena de 23 anos irá ficar, na de Vitor Belfort ou na de Wanderlei Silva.
Fonte: Diego Hervani para O Poti

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