Depois
de ser goleado pelo vice-líder da Copa RN (fase de ida do 2º turno), o
Alecrim que terá o comando interino do preparador físico Anax Morais,
tentará uma recuperação diante do líder Coríntians, no estádio Marizão,
em Caicó. A partida está marcada para às 17 horas e a alteração de
comando, apesar de inesperada, não foi considerada traumática dentro do
clube esmeraldino. O ex-treinador Pedrinho Albuquerque, ao se
despedir do elenco, ressaltou que o grupo possui qualidade suficiente
para se recuperar e até brigar pelo título desse ano. "Meu afastamento
não irá mudar em nada, minha simpatia por esse grupo do Alecrim. Vinha
realizando um trabalho consciente e tinha inteira confiança de que
poderíamos entrar forte na briga pelo título. Dexei o clube, mas não
deixei a torcida pelo sucesso dele", ressaltou o ex-treinador. Divergência
de ideias. Esse foi o motivo apontado pelo treinador Pedrinho
Albuquerque para explicar a sua recente demissão no Alecrim. A
incompatibilidade de opiniões com o presidente do clube, Anthony
Armstrong, vinha se estabelecendo desde a partida contra o Potyguar de
Currais Novos, quando o dirigente, através de um viva voz do celular,
pediu para falar com os jogadores no intervalo da partida, estremecendo a
relação com o técnico. "Ele e o diretor de futebol me pagam, mas quem
manda na equipe sou eu. Não abro mão disso", frisou Pedrinho. Apesar
da incompatibilidade de pensamento com o presidente do clube, Pedrinho
fez elogios ao dirigente, ressaltando ser uma pessoa boa e que cumpriu
rigorosamente com tudo que havia acertado no contrato, pagando tudo o
que treinador tinha direito na rescisão. "Anthony é uma pessoa
muito educada, mas é um vibrador. Quer ganhar e nisso nós compactuamos.
Mas eu só acho que está faltando um pouco mais de vivência a ele no
futebol, pois tem certas coisas que um presidente de clube não deve
fazer. Mas fora essa questão a nossa relação não sofrerá nenhum abalo",
ressaltou Albuquerque. Fora o choque de opiniões, segundo o
ex-comandante alecrinense, não havia motivo para demissão. Nem a goleada
sofrida para o Potiguar de Mossoró, na última quarta-feira, no Ninho do
Periquito serviria como argumento. "Nossa equipe vinha de oito jogos
sem perder, agora tivemos uma noite infeliz em que nada deu muito certo e
o grupo iria assimilar bem essa situação e reagir", disse Pedrinho
Albuquerque. Os resultados realmente contavam a favor do técnico,
que quando assumiu o elenco alecrinense, o clube fazia uma das piores
campanhas do Estadual e estava na vice-lanterna, correndo um sério risco
de rebaixamento. A primeira partida no cargo ocorreu no dia 30 de
janeiro, com uma vitória sobre o Potiguar de Mossoró, por 2 a 0. No
total foram 10 jogos no comando esmeraldino, onde conquistou cinco
vitórias, três empates e sofreu duas derrotas. Como o presidente
Anthony Armstrong está fora do Brasil, resolvendo questões
profissionais, o novo treinador da equipe ainda não foi definido. Dessa
forma, o preparador físico, Anax Morais, vai assumir o cargo
interinamente.
Fonte: Tribuna do Norte
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