Presidente do clube teria enviado seguranças ao vestiário da equipe para transmitir 'pedidos' de substituições a Pedrinho Albuquerque no Estadual.
"Incompatibilidade de pensamentos". Segundo o ex-técnico do Alecrim,
Pedrinho Albuquerque, esse foi o motivo da sua saída do comando da
equipe. Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM nesta sexta-feira, o treinador
revelou que o presidente do clube, Anthony Armstrong, tentou interferir
no seu trabalho à frente do Verdão, inclusive opinando sobre quem
deveria entrar em campo ou ficar no banco de reservas. Ninguém interfere no meu trabalho, até porque eu não aceito esse tipo
de coisa. Se o Alecrim me contratou para treinar o time, foi porque a
diretoria achou que eu seria capaz. Portanto, não posso admitir que
tentem interferir nas minhas decisões. Respeito muito o presidente
Anthony, e o considero uma pessoa formidável, mas não concordo com esse
tipo de atitude - disse Pedrinho.
Por Tiago Menezes Natal
'Pitacos' do presidente contribuíram para a saída
de Pedrinho Albuquerque do Alecrim (Foto: Tiago Menezes)
Segundo Pedrinho, em pelo menos duas partidas da Copa FNF, a primeira
fase do Campeonato Potiguar, o cartola alviverde mandou seus seguranças
ao vestiário do Alecrim para transmitirem ao técnico alguns recados com
"pedidos" de substituições. O treinador se disse chateado com a
situação, mas afirmou não guardar qualquer tipo de mágoa do período em
que comandou o Verdão. - É muito chato ter que passar por esse tipo de situação. Afinal, quem
treinava o time diariamente era eu. Portanto, quem conhecia melhor o
time era eu. A opinião do técnico deve prevalecer sempre. Cartolas não
podem escalar as equipes. Até porque, na hora em que a torcida grita
'burro', o alvo é o treinador, e não o presidente. Mas saio do Alecrim
com a consciência de que fiz um bom trabalho e ganhei novos amigos no
futebol - falou. Ainda de acordo com Pedrinho Albuquerque, apesar dos oito jogos de
invencibilidade que teve antes da goleada sofrida para o Potiguar de
Mossoró, na última quarta-feira, ele já imaginava que seria mandado
embora assim que viesse o primeiro tropeço. Eu já tinha escutado de algumas pessoas dentro do clube que isso
aconteceria assim que a sequência de jogos sem perder fosse quebrada.
Não importava se a gente ia perder de 1 a 0 ou 10 a 0. Pelo menos foi o
que me disseram. Não acho que essa foi a decisão mais acertada, mas
respeito - afirmou. Para finalizar, Pedrinho falou que, logo após a sua demissão do comando
do Alecrim, outros clubes já o procuraram e fizeram propostas de
emprego. Mas o técnico diz não ter pressa, e ainda pretende conversar
com os familiares para decidir o seu próximo destino.Por Tiago Menezes Natal
Nenhum comentário:
Postar um comentário