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sábado, 9 de março de 2013

Cartolas não podem escalar as equipes', diz ex-técnico do Alecrim

Presidente do clube teria enviado seguranças ao vestiário da equipe para transmitir 'pedidos' de substituições a Pedrinho Albuquerque no Estadual.

"Incompatibilidade de pensamentos". Segundo o ex-técnico do Alecrim, Pedrinho Albuquerque, esse foi o motivo da sua saída do comando da equipe. Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM nesta sexta-feira, o treinador revelou que o presidente do clube, Anthony Armstrong, tentou interferir no seu trabalho à frente do Verdão, inclusive opinando sobre quem deveria entrar em campo ou ficar no banco de reservas. Ninguém interfere no meu trabalho, até porque eu não aceito esse tipo de coisa. Se o Alecrim me contratou para treinar o time, foi porque a diretoria achou que eu seria capaz. Portanto, não posso admitir que tentem interferir nas minhas decisões. Respeito muito o presidente Anthony, e o considero uma pessoa formidável, mas não concordo com esse tipo de atitude - disse Pedrinho.
Pedrinho Albuquerque, técnico do Alecrim (Foto: Tiago Menezes) 
'Pitacos' do presidente contribuíram para a saída 
de Pedrinho Albuquerque do Alecrim (Foto: Tiago Menezes)
Segundo Pedrinho, em pelo menos duas partidas da Copa FNF, a primeira fase do Campeonato Potiguar, o cartola alviverde mandou seus seguranças ao vestiário do Alecrim para transmitirem ao técnico alguns recados com "pedidos" de substituições. O treinador se disse chateado com a situação, mas afirmou não guardar qualquer tipo de mágoa do período em que comandou o Verdão. - É muito chato ter que passar por esse tipo de situação. Afinal, quem treinava o time diariamente era eu. Portanto, quem conhecia melhor o time era eu. A opinião do técnico deve prevalecer sempre. Cartolas não podem escalar as equipes. Até porque, na hora em que a torcida grita 'burro', o alvo é o treinador, e não o presidente. Mas saio do Alecrim com a consciência de que fiz um bom trabalho e ganhei novos amigos no futebol - falou. Ainda de acordo com Pedrinho Albuquerque, apesar dos oito jogos de invencibilidade que teve antes da goleada sofrida para o Potiguar de Mossoró, na última quarta-feira, ele já imaginava que seria mandado embora assim que viesse o primeiro tropeço. Eu já tinha escutado de algumas pessoas dentro do clube que isso aconteceria assim que a sequência de jogos sem perder fosse quebrada. Não importava se a gente ia perder de 1 a 0 ou 10 a 0. Pelo menos foi o que me disseram. Não acho que essa foi a decisão mais acertada, mas respeito - afirmou. Para finalizar, Pedrinho falou que, logo após a sua demissão do comando do Alecrim, outros clubes já o procuraram e fizeram propostas de emprego. Mas o técnico diz não ter pressa, e ainda pretende conversar com os familiares para decidir o seu próximo destino.
Por Tiago Menezes Natal 

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