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segunda-feira, 25 de março de 2013

Demitido do Baraúnas, Hugo foi ao RJ em busca de reforços do Fluminense para o Tricolor

Hugo Sales chegou ao Baraúnas para substituir Filinto Holanda. Ficou no comando do Tricolor durante oito jogos e não conseguiu nenhuma vitória. Foram cinco derrotas e três empates. Após o revés para o Santa Cruz por 1 a 0, Hugo viajou ao Rio de Janeiro em busca de reforços oriundos do Fluminense. Seriam jogadores não aproveitados pelo técnico Abel Braga para a disputa da Série C. A bagagem de Hugo ainda está em Mossoró. O treinador tinha as passagens compradas para voltar a Mossoró no dia 28 de março. Entretanto, no decorrer desta semana o técnico do Potiguar de Mossoró, Samuel Cândido, foi demitido e a pressão para contratar um novo treinador no Baraúnas cresceu ainda mais. Samuel já era um desejo da diretoria e dos torcedores do Tricolor. A pressão em cima dos ombros do presidente Eudes Fernandes ficou insustentável. Hugo foi demitido por telefone. Em pouco mais de 20 minutos de conversa com o blog, o treinador que estava no Nacional da Paraíba, antes de vir para o Baraúnas, afirmou que não ficou magoado com a demissão, mas lamentou não poder continuar a desenvolver o seu trabalho quando as coisas já estavam melhorando. "Pela quantidade de resultados negativos era comum eu ser demitido antes, só que o Baraúnas vinha atravessando uns problemas sérios de extracampo que você tinha acompanhado. Assim que cheguei ao baraúnas já se cogitava mandar jogadores embora. A pedido meu os jogadores ficaram para ver se tinha alguma chance de levantar o plantel. O que eles reclamavam muito era da Toca do Leão. Por ser distante da cidade os jogadores não tinham uma vida social. Era muito desgaste. Reclamavam também do gramado da toca. Alguns jogadores já estavam um pouco desgastados no Baraúnas. Alguns estavam tristes porque a torcida não estava gostando do desempenho (primeira fase). O presidente ficava muito triste. O Eudes é praticamente uma pessoa sozinha para levantar dinheiro. É muita dificuldade para poder manter uma equipe profissional. Acontecia esse desgaste no decorrer do dia a dia. Começaram as derrotas... perdemos copa do brasil 2013, 2014, me falaram que essa situação já estava anunciada, mas estava sendo encoberta pelas vitórias. Infelizmente não consegui recuperar o grupo. Vários jogos eu tive que fazer substituições dentro da partida sem eu querer por conta de contusões. Não existe um culpado nessa história. Faltou um melhor planejamento, uma reunião no início, minimizar os problemas. Batalhei muito com o Berg pra hoje os jogadores já estarem em outra casa. Devem contratar mais jogadores. Eu acho que com essa paralisação o time vai ter mais condições de treinamento e o Samuel vai ajeitar o time no padrão. Lamento muito, mas quando pensei que realmente ia começar a trabalhar com a chegada dos novos jogadores e aluguel da casa, 10 dias de preparação não tive mais tempo", explicou Hugo. Após o término da Primeira Fase do Estadual o Baraúnas acionou a Federação Norte Rio-Grandense de Futebol (FNF) na justiça, por conta da vaga da Copa do Brasil de 2013. Hugo deixou no ar a dúvida se as falhas de arbitragem contra a equipe do Baraúnas teriam a ver com essa situação. O treinador também explicou que a sua viagem ao Rio de Janeiro seria em busca de reforços para o Baraúnas provenientes do Fluminense, atual campeão brasileiro. "Não sei se foi por conta que o Baraúnas acionou a FNF na justiça por conta da vaga na Copa do Brasil ou não sei se arbitragem foi muito mal. Perdemos para Alecrim e América com erros de arbitragem, depois tive que fazer dispensas. Alguns jogadores dispensados por mim, e outros pela diretoria. Muito desgaste sabe, muitos problema extracampo, picuinhas, muitas inverdades criadas dentro do Baraúnas, isso atrapalha muito um clube de futebol e isso reflete dentro de campo. Em uma conversa com o presidente eu falei 'como vamos proceder daqui pra frente?'. Recebi um telefonema de um amigo meu coordenador do Fluminense, ele me ofereceu alguns jogadores do Fluminense com um contrato para Série C... Jogadores que o Abel não estava aproveitando. Eu teria que vir aqui no Rio de Janeiro para fazer uma reunião com os dirigentes. O Fluminense iria ajudar no salário. A pressão em cima do presidente era muito grande para ele me trocar. Eu deixei inclusive a minha mala ai. Eu não sai demitido, aconteceu do Samuel sair do Potiguar  na noite que viajei, ai então a pressão aumentou mais. É uma coisa natural. Então o presidente chegou a me ligar. O Samuel conseguiu a vaga pra Copa do Brasil, mas perdeu 3 ou 4, não sei e foi demitido. Já que eu estava aqui no Rio ele conversou comigo e aceitei numa boa", relatou Hugo. O treinador ainda afirmou que não acredita que houve corpo mole por parte dos jogadores e aproveitou para agradecer bastante a dedicação da diretoria. "Foi falado muito que eu falei que o Curuca tinha feito corpo mole. Não existiu isso em momento nenhum. O que existiu foi uma falta maior de doação dentro de campo. Isso aí são fatores extracampo que eu já peguei e não consegui reanima-los, dar uma sacudida para eles esquecerem isso tudo. Encontrei um grupo desgastado. É normal, existe mesmo desgaste, confronto com a imprensa, alguns torcedores, o dia a dia na toca... Não saio com nenhuma mágoa. É um fato normal, apesar de todo extracampo ter acontecido erradamente, eu entendi pelo fato normal eu ter saído. O presidente sofre muita pressão. É uma pessoa muito boa, da todo apoio, atenção, não ficou mágoa nenhuma. Isso existe. O Zezinho chega de manhã cedo e trabalha praticamente 24h com o Baraúnas, ai o pessoal fala dele, não existe não. Tem que ter paz. Só quero agradecer a todos ai de Mossoró pela força. Infelizmente eu não consegui levar pra campo a tão esperada campanha que era esperado pelo Baraúnas. Futebol não é só feito dentro de campo. Quando os dois lados não se casam fica um pouco difícil", finalizou.
Foto: Wilson Moreno/Gazeta do Oeste

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