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quarta-feira, 24 de abril de 2013

Ítalo Medeiros relata que ‘poderíamos ter sérios problemas’ se o Potiba fosse cancelado

Wilson Moreno
 
Ítalo Medeiros consultou responsáveis sobre
os riscos de cancelar o jogo
O episódio do domingo passado, quando o início do clássico entre Potiguar e Baraúnas teve atraso em duas horas e quinze minutos, foi explicado em súmula pelo árbitro da partida, Ítalo Medeiros de Azevedo, que justificou o motivo pelo qual decidiu esperar pela resolução do problema que impedia o começo do jogo. Pensando na situação do Estádio Nogueirão com muitos torcedores das duas equipes, ele relata que consultou um representante da Polícia Militar, que o avisou sobre os riscos caso o Potiba fosse cancelado. “Devido à quantidade de pessoas presentes no estádio, além de se tratar de partida onde envolvia os principais clubes da cidade, ou seja, era um clássico, onde geralmente há uma tensão entre as torcidas, indaguei o tenente Diomedes sobre os possíveis problemas de segurança pública que poderiam ocorrer caso a partida não fosse realizada. Ele disse-me que poderíamos ter sérios problemas”, escreveu Ítalo Medeiros no relatório. O árbitro continuou, dissertando: “Mas, em não havendo a partida, ia manter o planejamento de esvaziamento do estádio conforme o previsto em caso de empate, ou seja, os torcedores do Baraúnas sairiam primeiro, e tentaria, com o efetivo, controlar os torcedores na saída do estádio, especialmente nos entornos e ruas adjacentes”, prosseguiu. No relatório anexo à súmula, Ítalo Medeiros explica o que provocou o atraso da partida e fala em um Termo de Compromisso datado do dia 19 de abril, que estava assinado pelo presidente da Liga Desportiva Mossoroense, Augusto César; o presidente do Potiguar, Benjamim Machado; e pelo major Franklin Araújo de Souza, do 2º Subgrupamento de Bombeiros Militar. O documento esclarece que deveria ter sido contratada uma equipe de Brigada de Incêndio composta por nove pessoas, sendo oito brigadistas e um líder, além da necessidade de um caminhão-pipa com o armazenamento de 15 mil litros de água. A exigência por esse serviço foi feita porque o mandante, neste caso, o Potiguar, havia solicitado o aumento na capacidade do Estádio Nogueirão em 500 ingressos. No entanto, para que fosse cedido o pedido, o clube deveria ficar responsável pela contratação dos brigadistas com o equipamento mencionado. Como a diretoria do alvirrubro não cumpriu o acordo e somente na hora do clássico acionou a Brigada de Incêndio com o caminhão-pipa, o início da partida precisou ser atrasado em mais de duas horas. Mesmo assim, Ítalo Medeiros confirma que depois de vistoria, ainda estavam faltando dois brigadistas e o caminhão-pipa não atendia o mínino necessário para a segurança do jogo, e com isso cita que o Corpo de Bombeiros só autorizou o início da partida após conferir no borderô que apenas 2.660 torcedores estavam presentes ao Estádio Nogueirão - quantidade menor que a carga inicial oferecida, que era de 3.500 ingressos.
Fonte: Gazeta do Oeste

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