O ESPORTE DE ASSU E REGIÃO, OBRIGADO PELA VISITA

domingo, 21 de abril de 2013

Será que errei só porque o chamei de doutor?

A resposta para a pergunta do título acima só quem pode dar é o presidente da Federação Norte-rio-grandense de Futebol, o advogado José Vanildo da Silva. Vamos explicar! Há duas semanas - por telefome - contatei o dirigente maior do futebol potiguar, solicitando uma autorização para fotografar o estádio Juvenal Lamartine, cujo objetivo é ilustrar algumas páginas do livro “Raízes do Mito”, que está sendo trabalhado por um grupo de jornalista de São Paulo, com nossa colaboração no Rio Grande do Norte. O livro, essencialmente cultural, vai falar sobre o futebol – desde o seu primórdio até os dias atuais -, com seus fatos históricos, curiosos e pitorescos - dos 12 estados brasileiros, cujas capitais serão sedes da Copa do Mundo de 2014. Pois bem! Após explanar para que e o porquê de minha solicitação, no primeiro contato com o ilustre presidente, ele me respondeu: venha aqui, rapaz, como é que poço dar uma autorização por telefone?! Venha aqui. Na sexta-feira, 5, fui à federação, porém, lá chegando fui informado pela telefonista que o dinâmico presidente havia viajado, e que só estaria em Natal na segunda-feira. Nesse dia, retornei à casa do futebol do Estado, quando, depois de esperar por algum tempo, recebi a informação de que ele não poderia me atender, em virtude de ter ido à rádio Globo, onde seria entrevistado. No dia seguinte, voltei à FNF, e mais uma vez não fui atendido, pois, seu presidente estava em reunião com o pessoal do ABC – categoria sub 20. Pela telefonista, ele pediu que deixasse o número de meu telefone, para depois da reunião retornar o contato. Como ele não ligou, na quarta-feira, voltei a ligar, oportunidade em que travamos o seguinte diálogo, depois de novamente explicar o objetivo de meus contatos:
- Alô, é o doutor José Vanildo?
- Não. Doutor não. É José Vanildo da Silva! Respondeu com o tom áspero de voz.
- Tudo bem, seria possível o senhor me autorizar a fazer as fotos?
- Qual é a hora que você vai?
- O pessoal chega de São Paulo pela manhã e às 10 horas a gente já quer iniciar o trabalho.
- Olha, meus funcionários e administrador não podem ficar lá esperando por ninguém, não. Eles ficam no trabalho até onze e meia. Eu sei como são vocês. Marcam um horário e não chegam. Você sabia que a federação não funciona mais no Juvenal Lamartine?
- Sei sim. Eu já estive na nova sede umas dez vezes.
- Então, você como jornalista, deveria ter vindo mais, para eu lhe conhecer.
- Olha, eu não estou aqui para brigar com o senhor, não. Estou pedindo sua permissão para que eu possa realizar o meu trabalho.
Aí, o telefone ficou em silêncio, mesmo sem estar desligado. Então, eu insisti por umas cinco vezes: Alô, José Vanildo! Como ele não falou mais, desliguei o telefone. Confesso que fiquei triste e sem entender essa atitude do presidente da federação. Depois, vi que essas coisas podem acontecer na vida de um ser humano. Dizem que toda regra há exceção. O advogado José Vanildo da Silva, o que dizem por aí, sempre foi solícito para com as pessoas que o procura. Todavia, eu fui exceção à regra. Normal.Todavia, a quem interessar possa, trabalhei durante 15 anos no jornal Diário de Natal, durante os quais convivi com vários dirigentes do esporte potiguar. Só para citar alguns: Rui Barbosa, Rui Soares, Pio Marinheiro, Nilson Gomes, Jussier Santos, Tenente Castro, Joãozinho do Ferroviário e da Fenat, João Bastos Santana, Fernando Nesi, Jamilson Martins, Sônia Cardoso, Marileide de Brito “Galega”, Maria de Fátima Albuquerque, e dezenas de outros mais. Porém, nunca precisei viver socado nas federações e clubes, tomando cafezinho, para merecer o respeitado de todos. O importante de tudo isso, é que o trabalho foi feito e, com a graças de Deus, no final deste ano, o livro será lançado.
Por Manoel Cirilo da Silva

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