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domingo, 28 de julho de 2013

Superação de um pai pelo bem-estar da família

O que você seria capaz de fazer pelo bem da saúde de seus filhos? No caso do professor de Jiu Jitsu, Alexandre Guerreiro, a escolha foi abandonar a vida profissional, fechar a academia que dava aula, suspender os cursos e seminários sobre a arte marcial e se dedicar, exclusivamente ao tratamento da filha Maria Clara Guerra Barbosa,  na luta contra a leucemia. “Não tinha como ser diferente. Foi um baque muito grande para toda a nossa família e tive que me dedicar completamente a recuperação da minha filha. Tinha que fazer uma escolha e fiz. Agora, é correr atrás para conquistar tudo que tinha conquistado antes”, afirma Guerreiro.
Magnus NascimentoSem perder tempo, Alexandre Guerreiro já vou a dar aulas para os agentes da Polícia Federal 
Sem perder tempo, Alexandre Guerreiro já vou a dar aulas
para os agentes da Polícia Federal
A vida de Alexandre começou a mudar em 2012, poucos dias antes do aniversário de 10 anos de Maria Clara. Até então, a família não desconfiava de que a garota poderia estar doente e nem escutavam reclamações da filha. Foi quando a menina foi ao médico fazer exames de rotina e a má notícia teve que ser dada aos pais: Clara estava com leucemia e, pelo estágio da doença, ela teria que ser internada de imediato para iniciar o tratamento para combater o câncer. De início, a filha de Alexandre iria ficar apenas uma semana internada, mas, o tratamento teve que ser mais demorado e ela ficou cerca de 50 dias dentro de um hospital particular.  “Foi um momento muito complicado na nossa vida. Até então, a Maria Clara era uma menina saudável e de uma hora para outra tudo mudou. Tivemos que nos adaptar a uma nova realidade de vida e todo dia é uma luta. Graças a Deus ela está se recuperando bem e deixou o hospital essa semana. Está em casa se recuperando”, revela Alexandre. De lá para cá, o professor de  jiu-jitsu vem combatendo suas principais lutas fora do tatame: recuperação da filha e também recuperação profissional e pessoal que, obviamente, ficaram em segundo plano para o tratamento de Maria Clara. Ele teve que fechar a academia que dava aula, a Combate Real e suspender as aulas que dava para os agentes da Polícia Federal. Além disso, os cursos para o Batalhão de Operações Especias (Bope) e Bombeiros, também tiveram que ser suspensos. Aos poucos ele vai retornando a antiga rotina de treinos e lutas.
Adriano AbreuO professor de jiu-jitsu ficou um ano afastado dos tatames 
O professor de jiu-jitsu ficou um ano afastado dos tatames
“Vamos retomando, aos poucos, a antiga rotina. Voltei para a academia, estou dando aulas ao pessoal da polícia federal, mas, sempre com a cabeça na minha filha. É trabalhando e com o ouvido atento para o celular, já que podem chegar notícias a qualquer momento”, diz o professor de jiu-jitsu. Mas, nos momentos mais difíceis durante o tratamento de Maria Clara, foi quando Alexandre Guerreiro descobriu quem são os verdadeiros amigos. E a ajuda veio de todas as partes, uma alegria para ele e para sua filha. “Conheci os verdadeiros amigos, que ficaram ao meu lado. O pessoal da academia ajudou, os agentes da polícia federal ajudaram. Quero agradecer a todos eles, ao Bope, a Associação dos Bombeiros Militares, a academia Combate Real, a minha família e a médica Edvi Serafim, que desde o começo está com a gente, cuidando da Maria Clara”, emociona-se.
Fonte: Tribuna do Norte

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