A Federação Norte-rio-grandense de Futebol(FNF) vai ganhar 10% do valor
de arrecadação do Clube Cap, um título de capitalização da empresa
Invest Capitalização S.A.(Investcap) com matriz no Rio Grande do Sul. O
presidente José Vanildo da Silva disse que o contrato de convênio entre
a FNF e a Investcap é uma ação de gestão para profissionalizar a
entidade, que era desorganizada. Hoje, a palavra na Federação de Futebol
é marketing esportivo. Pelo contrato assinado com a Investcap, o
Clube Cap só vai começar a render receita para a Federação, três meses
depois do início dos sorteios de prêmios. O primeiro foi realizado
terça-feira passada com transmissão ao vivo pela Band TV Natal. A
Investcap é responsável por toda a administração do Clube Cap, lançado
no último dia 9 de agosto. Quem compra uma cartela vendida por R$ 8,00
concorre a quatro prêmios semanais às terças-feiras, inclusive carros e
motos. “O gerenciamento do Clube Cap é todo da empresa, a Federação
entra com sua marca”, explicou o presidente da FNF. Segundo José
Vanildo, o produto vai promover o desenvolvimento econômico e social da
entidade na gestão da qualidade do futebol potiguar através de melhorias
da infraestrutura física e atividades socioeducativas. O
presidente da Federação não disse quanto em valores nominais será
depositado na conta da FNF. Resumiu que tudo vai depender da quantidade
de cartelas a serem vendidas pelo Clube Cap, que é diretamente
supervisionado pela Superintendência de Seguros Privados(Susep), órgão
do Governo Federal que controla e fiscaliza o mercado de seguro,
previdência privada aberta, capitalização e resseguro. As
cartelas são vendidas nas ruas, como outros títulos de capitalização que
dão prêmios. Um diferencial é que as pessoas também podem comprar pelo
site www.clubecaprn.com.br do Clube Cap. Captar novas fontes de
receita é o modelo de gestão da Federação implantado por José Vanildo.
“Desde que assumi, vislumbrei a possibilidade de autonomia econômica e
financeira da Federação”, sustentou o presidente. Ele comentou que hoje a
FNF não tem dependência alguma do Governo do Estado e permanece,
apenas, recebendo cotas da Confederação Brasileira de Futebol, CBF. Os
empresários só investem no que acreditam que vai dar retorno, explicou
José Vanildo, e a Federação hoje é uma marca que dá respostas
financeiras a quem nela investe, segundo ele porque está em pleno
processo de reforma administrativa e conceitual. “Hoje caminhamos sem as
ações pontuais do Governo como acontecia nas gestões passadas”,
comparou. Por isso, a Federação contratou uma empresa de
marketing esportivo, a 10 Sports, para cuidar de sua imagem e sugerir
ações. “Infelizmente, hoje ainda persiste na cabeça dos empresários
locais a ideia que futebol não é um bom negócio para agregar valor às
suas marcas”, lamentou José Vanildo. Enquanto as empresas locais
torcem o nariz para o esporte mais cultuado pelo brasileiro, o futebol, o
presidente da FNF comemora a atenção de empresas nacionais. A Federação
tem contratos de patrocínio com a Chevrolet, Lupo, Rota do Mar, Umbro,
Pitu, Óticas Diniz, EcoHourse e Banco do Nordeste, que viabilizaram o
Campeonato Potiguar 2012 e o deste ano. O contrato com a TV
Esporte Interativo para transmitir os jogos do Campeonato Potiguar 2014 é
outro acerto citado por José Vanildo dentro da nova fase da Federação.
“Diferente das emissoras de televisão de Pernambuco, as locais não
patrocinam futebol”, lamentou. ABC e América já selaram parceria
com o Arena das Dunas para utilizaram o novo estádio gerenciado pela
empresa OAS. A Federação, explicou José Vanildo, também quer firmar uma
parceria para utilizar o Arena, mas não há nada definido além do campo
das intenções.
Os efeitos da administração profissional são visíveis, frisou José
Vanildo. No campeonato deste ano, foram investidos R$ 300 mil só em
arbitragem para os 125 jogos. O presidente explicou que o corpo de
árbitros composto pelo juiz, auxiliares, delegados e representantes são
pagos com antecedência de dois dias da realização dos jogos. Para
atingir os níveis de investimentos atuais, José Vanildo, que está na
presidência da FNF desde 2008, frisou que teve que enxugar a folha de
pessoal. Reduziu de 46 para 18 o número de funcionários e informatizou a
Federação. Parte dessa reestruturação é bancada com os repasses anuais
da CBF, que chegam a R$ 700 mil/ano, e com os patrocínios. Os
recursos financeiros não são os únicos parâmetros utilizados para
melhorar a atuação da Federação, declarou. A principal ação, notificou, é
a gestão profissionalizada que permite a interiorização.
Fonte: Novo Jornal
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