Júnior Santos
Presidente do América, Alex Padang, vê pouca margem para alterações.
Presidente da FNF, José Vanildo, vai fazer as adequações
Mesmo
frisando não estar bem inteirado sobre o assunto, Ferdinando Teixeira
disse que se os atletas estão se organizando para modificar o
calendário, estão certos. “O futebol está uma loucura muito grande,
ninguém tem mais férias praticamente. É terminando uma temporada e
iniciando outra em cima. Muitos atletas entram de férias no final de
novembro e em meados de dezembro já estão se apresentando para iniciarem
uma nova temporada. Desse jeito não há musculatura que resista”,
salienta o dirigente abecedista. O imprensado de datas e a falta
de um tempo ideal para treinar, na visão do médico do América,
Maeterlinck Rêgo, acaba sendo o maior responsável pelo grande número de
contusões existentes e que acabam privando os próprios clube de contar
com os seus principais atletas. “A Associação Nacional de Médicos já
está preocupada com esse fato. Todos os jogos os médicos de cada clube
são obrigados a enviar para CBF um relatório das contusões sofridas
pelos jogadores, com detalhamento sobre o tempo de jogo que ocorreu, o
tipo de lesão e algumas outras questões. O assunto será tema de um
grande debate no mês de dezembro, em São Paulo. O futebol tem de ser
organizar como um todo e a Associação de Médicos de Futebol está
preocupada com esse grande número de jogos”, afirmou. Os
atletas, verdadeiras artistas do espetáculos, não têm tempo para
realizar a recuperação de forma adequada e o grande número de contusões
obriga os médicos a trabalharem praticamente em escala industrial,
visando reduzir o tempo de recuperação dos mesmos. O presidente
do América, Alex Padang, não vê um panorama muito grande para alterações
no calendário nacional, a não ser que haja um entendimento mútuo entre
todas as partes e que se pense um calendário melhor a partir de 2015,
uma vez que o de 2014 já está prejudicado mundialmente devido a
realização da Copa do Mundo. “Realmente a coisa está muito
corrida para jogadores e clubes. Mas existem hoje, no mínimo, 280 clubes
no Brasil que queriam estar passando pela situação do América, com
calendário de jogos completo na temporada. Não vejo muito o que mudar, a
não ser com o Estadual, que se transformou numa competição bem
deficitária, mas que serve para os clubes testarem alguns jogadores para
o restante das competições. Talvez se os campeonatos locais fossem
substituídos pelos regionais, a coisa poderia melhorar um pouco”, opinou
Padang. As alterações reivindicadas pela comissão de atletas a
CBF, na visão do presidente da FNF, José Vanildo, afeta pouco o Rio
Grande do Norte e o próprio Nordeste. “No RN a situação de 90% dos
clubes são bem diferentes das de ABC e América. Normalmente os jogadores
utilizados pela maioria dos nossos clubes não ficam em atividade o ano
inteiro. Isso acontece na maior parte dos estados nordestinos também,
então temos condições de iniciar nossas competições locais no prazo
determinado pelo calendário”, destacou. O dirigente disse que
espera apenas a definição das datas da Copa do Nordeste para anunciar as
alterações na tabela do primeiro turno do Estadual do próximo ano, que
não contará com as participações de América e Potiguar de Mossoró, os
representantes do RN na competição regional. “Os oito clubes que vão
disputar o primeiro turno e concorrer a uma vaga na Copa do Brasil e a
seis vagas na segunda e decisiva fase do Estadual, serão divididos em
dois grupos, para diminuir a exigências de datas e nos adequarmos a nova
realidade do calendário nacional. O restante da competição local não
sofrerá modificações”, informou José Vanildo. Fonte: Tribuna do Norte
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