Alex Regis
Estádio Arena das Dunas receberá dois jogos à noite e os outros
dois que seriam às 13h passarão para um horário de fim da tarde
Agora,
Blatter confirma que tudo pode mudar, justamente para garantir o melhor
rendimento possível das seleções. “Temos recebido informes, cartas e
pedidos para que haja uma mudança nos horários. É mesmo um problema o
calor que faz no Brasil”. O Fifpro (Sindicato Mundial dos
Jogadores) encampou há meses a luta pela mudança dos horários de alguns
jogos. Em parceria com o Sindicato brasileiro, que é presidido por
Rinaldo Martorelli, conduziu um estudo coordenado pelo fisiologista
Turíbio Leite de Barros Neto sobre os efeitos no corpo dos jogadores em
partidas disputadas sob altas temperaturas. Houve jogos às 13 horas em
Fortaleza, Manaus, São Paulo e Brasília e os resultados obtidos foram
encaminhados para a Fifa. A entidade reconhece que o plano
apresentado há mais de um ano com as 12 sedes pode não ser ideal. “Vamos
debater esse assunto e tomar uma decisão sobre uma possível mudança em
dezembro, durante nosso Comitê Executivo. O calendário que temos foi
estabelecido, mas não está sancionado”. O encontro do Comitê Executivo
será em um complexo hoteleiro na Costa do Sauipe, no litoral da Bahia,
na semana do sorteio dos grupos (que está marcado para o dia 6). Vinte
e quatro dos 64 jogos do Mundial estão marcados para as 13 horas. Se
nas sedes no Sudeste e Sul isso não é problema, a Fifa constatou na Copa
das Confederações que o calor nas cidades do Norte e Nordeste pode
prejudicar o rendimento de seleções. Tanto a Itália quanto a Espanha se
queixaram muito, não só do calor mas também da grande umidade em cidades
como Recife e Fortaleza. No informe técnico da entidade, a temperatura
foi apontada como um fator que pode influenciar os jogos. Pela
programação, jogos às 13 horas ocorrerão em Natal, Salvador, Recife,
Fortaleza e Brasília. O que surpreende pessoas dentro da Fifa é como a
CBF, ainda sob o comando de Ricardo Teixeira, aprovou e sugeriu tais
horários quando nem no Campeonato Brasileiro há jogos nestes horários
nestes locais.COBRANÇABlatter revelou que a questão do impacto social da Copa foi tratado até mesmo pelo papa nesta sexta. Segundo o dirigente, Francisco insistiu que a Fifa e o Mundial devem “ajudar as favelas” do Brasil, em um claro recado de que os gastos da Copa e as atenções não podem esquecer os problemas sociais do País. Em sua visita ao Brasil, o papa fez questão de visitar uma favela. E saiu em defesa dos manifestantes que, durante a Copa das Confederações, tomaram as ruas para pedir melhorias sociais no Brasil. Diante do pedido do papa, Blatter lavou as mãos. “Fazemos o que podemos, mas não podemos fazer tudo”, disse. Blatter se diz convencido de que na Copa não haverá protesto no Brasil e que as autoridades “não perderão a oportunidade” de mostrar que o Brasil é um grande país. Ele também diz que não há o menor risco de atraso em obras nos estádios e que tudo ficará pronto no prazo previsto.
Fonte: Tribuna do Norte
Nenhum comentário:
Postar um comentário