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sábado, 2 de novembro de 2013

'Homens de confiança', auxiliares técnicos falam sobre o Clássico Rei

Roberto Fernandes, técnico do ABC e os auxiliares técnicos Luiz Müller e Zé do Carmo (Foto: Arthur Barbalho)
Roberto Fernandes conversa com os auxiliares Luiz Müller
e Zé do Carmo (Foto: Arthur Barbalho)


O jogo entre ABC e América-RN deste sábado reserva situações especiais para mais um Clássico Rei, como o reencontro de Leandro Sena e Roberto Fernandes e o duelo entre os artilheiros Max e Rodrigo Silva. Além desses personagens, quatro profissionais figuram como “homens de confiança” dos treinadores, exercendo o papel de auxiliares técnicos. Do lado do Mais Querido, Zé do Carmo e Luiz Müller são a "sombra" de Roberto Fernandes. Cabe a eles a responsabilidade de observar o que acontece dentro e fora de campo e dar uma percepção diferente daquela feita pelo treinador. A parceria, de longa data, vem dando frutos. Após a chegada do trio, o ABC emendou uma sequência de seis vitórias na Série B do Campeonato Brasileiro. Zé do Carmo disse que a parceria começou em 2007, em Pernambuco, quando os dois trabalharam no Náutico e livraram o “Timbú” do rebaixamento. Comecei a trabalhar com Roberto em 2007 quando eu era coordenador técnico do Náutico. Roberto chegou para nos ajudar a sair da zona do rebaixamento, fato que nós conseguimos. Em 2010, passei a trabalhar como auxiliar dele, também no Náutico - lembra. Já para o outro assistente, Luiz Müller, a parceria e, sobretudo, a amizade, é ainda mais antiga. Os dois já percorreram vários clubes do futebol brasileiro, como Anapolina, Vila Nova, Santo André, Brasiliense, Náutico e Atlético-PR, mas deram um tempo em 2010, quando Müller assumiu o comando técnico do Fortaleza. Com a ida de Roberto Fernandes para o ABC, o treinador pôde, enfim, reunir seus dois fieis escudeiros na tarefa de tirar o Mais Querido da zona de rebaixamento. Já do lado do Mecão, Moura e Severo Júnior fazem um trabalho de “cães de guarda”, cercando Leandro Sena com todas as informações e observações sobre o rendimentos dos jogadores da casa e, principalmente, dos adversários.
Leandro Sena, técnico do América-RN e seus auxiliares, Severo Júnior e Moura (Foto: Jocaff Souza) 
Leandro Sena comanda o América-RN com o auxílio
de Severo Júnior e Moura (Foto: Jocaff Souza)
Mais experiente do trio, Moura, ex-jogador do América e integrante do time campeão da Copa do Nordeste, em 1998, sabe que uma boa conversa pode ajudar nas decisões em campo. Para o auxiliar, que também acumula o cargo de diretor de futebol do clube, a linguagem do boleiro é transmitida com mais facilidade quando se tem essa aproximação com os jogadores. É importantíssimo esse trabalho do auxiliar. Estamos, tanto eu quanto o Severo Júnior, nesse suporte técnico, sempre trocando ideias, batendo um papo, procurando aquela melhor formação e também para fazer aquela leitura do jogo. Leandro Sena está começando a carreira e vem se mostrando um excelente treinador e está provando isso com os resultados. Por isso trabalhamos em conjunto para observar situações que de repente, em campo, o treinador não consiga enxergar. É importante ter um treinador que consiga ter a mesma linguagem do time - explica Moura. O mais “novo” dos três, mas com um experiência adquirida ao longo de sete anos vestindo a camisa alvirrubra, Severo Júnior está no América desde os tempos em que era jogador das categorias de base do clube. Hoje, atua como auxiliar técnico e disse que já perdeu as contas de quantos clássicos já disputou. Eu já perdi as contas de quantos clássicos contra o rival eu já disputei. Desde as categorias de base, quando era atleta, depois na figura de treinador da categoria de base e agora como auxiliar, faz mais de 30 clássicos - conta. Luiz Müller avalia que as características do trio alvinegro são muito diferentes, mas quando são colocadas em conjunto, tem contribuído para a melhoria do ABC, dando motivação aos jogadores. Cada um tem sua parcela. O Roberto é mais motivacional, é um cara que consegue colocar o grupo para cima. Já o Zé tem um excelente convívio com os atletas, isso ajuda no equilíbrio o grupo. Eu trabalho mais a parte tática. Esse trabalho é um complemento. No futebol, se você não estiver ligado você acaba perdendo um jogo e ter uma comissão grande ajuda muito destaca. Zé do Carmo também atuou com Roberto Fernandes no ex-clube, o América. Agora em lado oposto, o auxiliar pretende usar o conhecimento que tem dos jogadores alvirrubros para vencer o adversário. Conhecendo as características dos jogadores, ajuda bastante o nosso trabalho. Muitos dos nossos atletas já atuaram com alguns atletas do América. Mas clássico é diferente. Quem melhor encarar a partida como a mais importante vai levar vantagem - ressalta o auxiliar. Do lado americano, Moura atua como a “segunda voz” de Leandro Sena, mas sem esquecer um instrumento especial: a prancheta. O auxiliar faz várias anotações e discute com o treinador a melhor forma de montar o time em campo.
Dividimos o nosso trabalho de uma forma racional. No campo, trabalho junto com Sena, enquanto que Severo fica nas arquibancadas ou em uma parte superior do estádio, fazendo anotações e observações sobre o jogo. Durante o decorrer do jogo, eu fico sempre ao lado de Sena e uso uma prancheta para destacar algum posicionamento de um atleta e observando alguns lances em que ele esteja focado em outra parte do campo - conta Moura. Como a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) proibiu a utilização de rádios transmissores durante os jogos, Severo é o responsável em observar o posicionamento do time adversário e repassar ao técnico alvirrubro. Hoje em dia, cortou-se a utilização do ponto eletrônico e por isso fico responsável por anotar os detalhes, como alguma bola parada, uma situação que não está sendo executada pela nossa equipe ou que a equipe adversária tenha tido uma movimentação diferente.
Por Natal 

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