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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

América-RN e ABC fazem balanço positivo do ano

As campanhas de ABC e América-RN na Série B do Campeonato Brasileiro deste ano foram para deixar qualquer torcedor angustiado. As duas equipes brigaram até os “45 minutos do segundo tempo” para assegurarem a permanência na competição do próximo ano. O risco de rebaixamento só foi eliminado na penúltima rodada. No Mais Querido, a recuperação foi atribuída ao trabalho motivacional do técnico Roberto Fernandes, contratado com a missão de livrar a equipe da degola e que trouxe consigo uma extensa lista de reforços. Já o Mecão teve uma campanha irregular, com altos e baixos, e após o insucesso de Argel Fucks e Pintado, foi buscar nas suas bases um comandante para assegurar o time na Segundona.
Leandro Sena, técnico do América-RN e Roberto Fernandes, técnico do ABC (Foto: Jocaff Souza) 
Leandro Sena e Roberto Fernandes: técnicos são apontados
como fundamentais em reação (Foto: Jocaff Souza)

Na tabela final de classificação, o América terminou na 13ª colocação, com 47 pontos, ficando à frente do rival, ABC, que atingiu 46. Segundo o presidente alvirrubro, Alex Padang, a aposta em Leandro Sena, que comandava o time sub-20, e os resultados obtidos na reta final foram “um saldo muito bom para o clube permanecer na Série B”. Quando Leandro Sena assumiu, engrenamos de uma forma muito boa. Ele conseguiu ajeitar o time de uma maneira mais rápida e em tempo de livrar a equipe do rebaixamento. Já Argel e Pintado são excelentes treinadores, mas não encaixaram junto ao grupo. Argel estava na Série A com o Criciúma. Pintado, por sua vez, vai trabalhar na divisão especial do campeonato mais caro do futebol nacional no próximo ano, o Paulistão. Não temos nada a reclamar dos dois treinadores, mas lamentar que o trabalho não tenha sido de uma forma tão positiva - disse Alex Padang ao GLOBOESPORTE.COM. Do outro lado, após passar boa parte da temporada na lanterna da competição - foram 22 rodadas, o ABC reagiu a tempo e conseguiu se manter na Série B do Brasileirão. Um alívio para os torcedores e também para a saúde financeira do clube, que garante alguns milhões de reais em 2014 pela permanência. Para o presidente do alvinegro, Rubens Guilherme, grande parte desse mérito se deve à contratação do técnico Roberto Fernandes. O perfil dos treinadores que escolhemos no início do ano não era adequado ao momento do ABC. Decidimos fazer uma mudança mais drástica no comando e contratamos um treinador que participou mais, que foi mais cobrador, mais motivador. Após a contratação de Roberto Fernandes, o ABC mudou o rumo. Mantivemos a autoestima do nosso torcedor lá em cima. Enquanto todo mundo dava como perdida a situação do ABC, nós ressurgimos e tivemos o resultado. No entanto, não foi só o Roberto, mas sim, toda a comissão técnica, e os jogadores que aceitaram o trabalho dele - explicou Rubens Guilherme.
De olho nas finanças
No início da Série B, o América foi impedido pela CBF de utilizar o Nazarenão, em Goianinha, já que estádio não comportava 10 mil espectadores, um dos critérios do Estatuto do Torcedor. Com isso, o clube assinou uma parceria com o empresário potiguar Marconi Barretto para jogar no Barretão, em Ceará-Mirim, que teve obras concluídas em maio, já com a capacidade adequada. Com a mudança de local para mandar seus jogos, o clube acabou sendo prejudicado pelo “fogo amigo”. Para Padang, devido à rapidez na construção do Barretão, alguns pontos da obra foram alvos de críticas por parte dos próprios torcedores americanos, como as arquibancadas, e dos próprios clubes adversários, já que o gramado não favorecia uma bom futebol.
Alex Padang, presidente do América-RN (Foto: Jocaff Souza)Alex Padang deixa o cargo de presidente
neste mês de dezembro (Foto: Jocaff Souza)
Para nós, que jogamos dois anos e meio fora de Natal, e se mantendo num bom ritmo de jogos e campanhas, foi um saldo muito bom para o clube permanecer na Série B. Este ano, conseguimos um empresário (Marconi Barreto, presidente do Globo FC) que topou construir um estádio para 10 mil lugares (em Ceará-Mirim), mas por conta da pressa e de problemas técnicos, tivemos alguns prejuízos. Logo após, por conta da reclamação das outras equipes da Série B, principalmente por parte do gramado, voltamos para Goianinha e reencontramos as vitórias - explicou. Com os gastos excessivos e o pouco público nos estádios, as contas alvirrubras foram para o “vermelho”. Segundo Padang, alguns clubes precisam de um reajuste quanto ao pagamento dos direitos de transmissões dos jogos, já que os valores de patrocínio acabam sendo comprometidos com premiações “extras” aos jogadores. Nos últimos anos, tivemos três participações na Série A, dois anos na C e o restante na Série B. Tivemos altos e baixos nas receitas, muito mais devido aos gastos por jogar fora de Natal. Além disso, as cotas de patrocínio que são repassadas aos clubes precisam de um reajuste. Atualmente, por direitos de transmissão, são repassados R$ 3 milhões para o América, assim como as outras equipes, menos para Palmeiras e Sport (que subiram para a Série A) - contou.
Rubens Guilherme, presidente do ABC, em oração (Foto: Frankie Marcone/Divulgação/ABC)Rubens Guilherme (de azul e preto), após vaga na Série B (Foto: Frankie Marcone/Divulgação/ABC)
A má campanha do ABC nesta Série B também poderia comprometer o planejamento para o próximo ano. De acordo com o departamento de marketing do ABC, o clube teria uma série de prejuízos financeiros caso tivesse caído para a Série C do Brasileirão. Somente de cotas de transmissão dos jogos para televisão, cerca de R$ 3 milhões seriam perdidos. Sem falar na Timemania, que renderia menos apostas com o time jogando na Terceira Divisão. Além disso, poderia haver diminuição no valor dos contratos com os atuais patrocinadores e a queda também anularia a possibilidade de patrocínios futuros, como o da Caixa, que não investe em equipes da Série C. Atualmente, o ABC negocia um patrocínio da empresa para o próximo ano. No que diz respeito ao programa de Sócio Torcedor, o alvinegro tem hoje cerca de 3.500 sócios - sendo 2.500 adimplentes. O objetivo é alcançar um número próximo de 5.000 ainda este ano. E caso o ABC não tivesse se garantido na Série B, esse crescimento se tornaria inviável, confessa Stênio Dantas, superintendente de marketing do ABC.Se o ABC caísse, com certeza o torcedor ficaria desestimulado com o clube e muitos não iam renovar o seu sócio torcedor. Imagine se haveria novas aquisições... Perderíamos muitos sócios. Agora que ficamos na Série B, contamos com a empolgação do torcedor para nos ajudar a formar o time para 2014 - concluiu.
Por Natal

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