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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Em Natal, jogadores visitam crianças com câncer e se emocionam

Na véspera da sétima etapa do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia, que será disputado neste fim de semana, em Natal, cinco atletas tiveram um encontro especial nesta quinta-feira com um grupo de crianças que lutam, diariamente, pela vida. A visita à Casa de Apoio Durval Paiva à Criança com Câncer, no Barro Vermelho, deixou um clima de muita emoção entre voluntários, familiares e os jogadores.
Jogadores de vôlei de praia visitam crianças com câncer e se emocionam, em Natal (Foto: Jocaff Souza) 
Jogadores de vôlei de praia visitam crianças com câncer
e se emocionam, em Natal (Foto: Jocaff Souza)

O local atende pacientes infantis de todas as partes do Rio Grande do Norte em tratamento contra o câncer. Na casa, as crianças recebem um atendimento psicossocial, compartilhado com o auxílio de voluntários, como professores, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. Os atletas - Duda, Lili, Fernanda Berti, Oscar e Álvaro - brincaram com as crianças, que faziam pinturas e desenhos sobre vôlei. A alegria tomou conta da garotada e os jogadores se emocionaram com o bate-papo. A mais “novinha” da turma dos jogadores é Duda. Aos 15 anos, a sergipana precisou sair de casa muito cedo para enfrentar a carreira de atleta e não se arrepende do esforço que precisou fazer, assim como os seus pais, para estar entre as melhores do país. Contudo, Duda explicou que as crianças com câncer mostram uma força muito maior do que a dos atletas. Não tem como comparar a situação deles com nenhum de nós. Sair de casa, como eu, para jogar vôlei é diferente de quem está num processo de tratamento médico. É uma lição muito grande para mim. Eu pensava que era forte, mas eles são mais fortes ainda - ressaltou Duda. A mais emocionada dos jogadores era a parceira de Duda, Lili. A capixaba foi campeã mundial sub-21, em 2007, e a experiência nas areias a levou para disputar o Circuito Brasileiro ao lado da cearense Rebecca. No entanto, a gravidez da parceira de quadra proporcionou a união com Duda. Para Lili, a nova dupla está se fortalecendo com as experiências dentro e fora da quadra e encontrar crianças com uma dificuldade de saúde a deixa mais preparada para a competição.
Cauã, 4 anos, ficou agarrado em Lili, jogadora de vôlei de praia, em Natal (Foto: Jocaff Souza) 
Cauã, 4 anos, ficou agarrado em Lili, jogadora de vôlei de praia,
em Natal (Foto: Jocaff Souza)

Só de olhar para o 'olhinho' de cada um, ver aquele sorriso, essa alegria... Acho que já ganhei meu dia. Eu adoro crianças, sou apaixonada por elas e, quando as vejo numa situação difícil, mas enfrentando com muita alegria e com carinho, eu fico emocionada. É uma situação que, às vezes, eles nem sabem o peso que isso tem na vida deles, mas, mesmo assim, estão com esse coração aberto que só uma criança consegue ter - fala Lili. Já o carioca Oscar, terceiro lugar na etapa de São Luís, acredita que a energia das crianças vai poder ajudá-lo a conquistar o título da etapa potiguar. Cada sorriso deles é como se fosse um ponto nosso dentro de quadra. A forma deles lidarem com a dificuldade deles e sempre superando o dia a dia é uma lição para todos nós. Nós aprendemos muito mais com eles do que eles conosco. Eu levo daqui uma energia muito boa, com cada abraço, cada beijo, um aperto de mão, que vai servir como uma energia a mais para buscarmos as vitórias dentro de quadra - finalizou. Os jogadores disputam neste fim de semana a etapa Natal do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia. Os jogos acontecem na arena montada na Praia do Forte, próximo à Fortaleza dos Reis Magos. A primeira fase será disputada na sexta-feira. As quartas de final e as semifinais serão disputadas no sábado. Já as finais e disputas de terceiro lugar ocorrerão no domingo.
Por Natal

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