Júnior Santos
Roberto Fernandes não resistiu a mais uma derrota e foi demitido
O
diretor de futebol do América, Eliel Tavares, reconheceu que sem
resultados e atuações convincentes, o planejamento não se sustenta e
salientou que a queda de rendimento da equipe americana de 2013 para
2014 foi o que motivou a troca de comando no clube. “Nossa
equipe teve um bom início mas caiu vertiginosamente de produção. Nossas
duas melhores partidas foram nas vitórias contra o ABC e o CRB, quando
ganhamos e jogamos um bom futebol. Mas o time vinha oscilando muito,
contra o Confiança, na inauguração da Arena das Dunas, não perdemos por
milagre e a falta de pontaria dos atacante adversários. Leandro Sena já
havia se reunido com a diretoria e alertamos para o problema, acho que
mudamos na hora certa. Se fizemos certo ou errado o tempo vai se
encarregar de provar”, disse Eliel. Para Ferdinando Teixeira,
diretor executivo de futebol do ABC, o fato de os clubes terem
modificado o planejamento na metade do Estadual, prova que a competição
ainda tem grande importância para os clubes. Ele não acredita que as
decisões tomadas agora, devam prejudicar as equipes na disputa do
Brasileirão, encarada como a competição mais importante do calendário
dos clubes potiguares. “Nós
damos grande importância ao Estadual ele ajuda na preparação para série
B fornecendo uma orientação daquilo que não está funcionando bem e
precisa ser modificado. Mesmo com a troca de comando e modificação de um
trabalho, eles (os estaduais) sempre ajudam. Essa questão não é para
ser encarada com coração de torcedor, é para ser tratada com frieza e
por profissionais, por isso acredito que o ABC sairá mais forte”,
destacou Ferdinando.Eliel Tavares reforça a importância do Estadual. “O América vai manter o planejamento, 95% desse time que está disputando o Estadual vai jogar a série B pelo clube. Digo mais, com todo respeito aos adversários, nós temos a obrigação e seremos os campeões estaduais desse ano. Precisamos dessa conquista para completar o calendário de 2015, ano do nosso centenário, disputando a Copa do Nordeste e a Copa do Brasil”, destacou. Quanto ao problema do baixo público presidente aos estádios, os dirigentes dos dois maiores clubes do RN, creditam isso aos péssimos resultados de ambos. “Se nós estivéssemos realizando uma boa campanha, nossa média de público seria bem maior”, ressalta Ferdinando Teixeira. Eliel assina em baixo dessa afirmação e torce por uma melhoria desses números.
Adriano Abreu
Oliveira Canindé estreou no comando do América com vitória
Bate-papo - Oliveira CanindéTreinador do América
Você só iria assumir o América diante do Ceará e mudou de ideia, comandando o time diante do Baraúnas. O que aconteceu?
Mesmo tendo pouco espaço, queria acrescentar alguma coisa em cima do que já tínhamos. Por isso, iniciei os trabalhos e por isso, toda a responsabilidade é minha. Tem técnico que prefere ficar observando no primeiro jogo. Eu não sou assim. Fui conhecer os jogadores, passar alguma coisa de posicionamento, a minha maneira de trabalhar e isso me deu confiança para iniciar os trabalhos e exigir deles o máximo.
Iniciar com vitória facilita o trabalho?
Quando o grupo é bom, qualificado, temos que buscar sempre as vitórias. Embora respeitando os adversários, você tem que olhar para eles e saber que é superior. Tem que crescer sabendo que pode, então temos que fazer esse crescimento.
O presidente do clube, Gustavo Carvalho afirmou que a prioridade do América, agora, é o Estadual. Que chances você acha que o time tem de reverter esse placar diante do Ceará, na Copa do Nordeste?
Precisamos fazer o nosso melhor. Tenho certeza de que o Ceará vai vir para cima, tentar marcar um gol, para dificultar, ainda mais, nosso trabalho. Temos que buscar nosso resultado. Se tiver que vir, virá. Se não der, pelo menos não vai faltar aplicação e determinação em busca desse resultado. O próximo jogo é sempre o mais importante e nosso adversário é o Ceará. Então, vamos para dentro.
Como trabalhar sem poder contratar mais nenhum reforço?
As coisas estão desse jeito e precisamos ter cautela. Vou conversar com os jogadores que estão de fora, saber o que eles pensam e, acima de tudo, recuperar aqueles que estão no departamento médico. Isso acontecendo, a nossa qualidade vai aumentar ainda mais.
Você mudou o esquema de jogo do América. Vai continuar assim?
Assisti alguns jogos do América, conversei com o pessoal da comissão técnica. Não gosto do 3-5-2. Trabalhei muito tempo nas bases e busco um sistema que o jogador possa se adequar a ele. Futebol é imposição, a sua qualidade vai falar mais alto. Agora, se você tem um sistema definido, competitivo, a tendência é que você se sobressaia sempre.
O América não tem centroavantes (Max, Isac e Alfredo contundidos). Você gosta de jogar com um homem de área?
Infelizmente não tenho esse homem de área, que gosto de usar. Temos jogadores de muita mobilidade e às vezes, jogando em casa, precisamos dessa referência na área. Temos o Gláucio, que é jovem de muita qualidade, mas precisamos desses jogadores experientes, que assumam a responsabilidade.
Fonte: Tribuna do Norte
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