O ESPORTE DE ASSU E REGIÃO, OBRIGADO PELA VISITA

terça-feira, 25 de novembro de 2014

O bom negócio que não entra em campo



Não é segredo para ninguém: ser presidente de federação de futebol no Brasil sempre foi e será bom negócio. Se não fosse, não haveria tanto interesse. Nesse meio, convenhamos, não existe “mocinho” querendo apenas ajudar o futebol brasileiro. Longe disso. Histórias que tornaram públicas, e outras que ficaram nos bastidores, comprovam o bom negócio. Aliás, muito bom negócio. Agora, surge uma bondade da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que vai motivar ainda mais os mandatários das federações e, por consequência, ajudar a manter no poder os atuais comandantes da entidade máxima do nosso futebol. Leia a notícia dada em primeira mão pelo blog “bastidores f.c.”, assinada pelo bem informado jornalista Martin Fernandez:
“A CBF vai oferecer um salário mensal aos presidentes das 27 federações estaduais – os mesmos 27 que votam nas eleições para presidente da entidade e aprovam as prestações de contas nas assembleias da confederação. O mimo será de cerca R$ 15 mil mensais. O presidente da entidade, José Maria Marin, confirmou em Viña del Mar, no Chile, onde participa de eventos da Conmebol, que vai, sim, pagar mensalmente aos presidentes das federações estaduais. Acho perfeitamente normal; é uma verba de representação. Os presidentes de federações têm despesas, têm viagens. Acho normal. Sobre o valor, prefiro que os presidentes (de federações) respondam a vocês. O blog ouviu Delfim de Pádua Peixoto, presidente da Federação Catarinense de Futebol e futuro vice-presidente da CBF na gestão de Marco Polo Del Nero, que começa em abril do ano que vem. "Eu defendo, porque não é ilegal nem imoral. Algumas federações têm muita dificuldade, e para os presidentes que trabalham, é justo que se pague essa ajuda de custo – declarou o presidente da Federação de Santa Catarina.”
Pois bem…
No Rio Grande do Norte, a FNF é uma espécie de clube fechado, organização privada nas mãos de um mandatário: José Vanildo. Ele foi eleito, reeleito e renovou o mandato por mais sete anos, indo de 2012 a 2019. Sem chance para concorrência. Nenhum direito a mudança. O futebol potiguar é ditado dessa forma, sob controle individual, nas barbas das instituições responsáveis pela fiscalização de setores de interesse público. Daí, a explicação da divisão odiosa que vive o futebol do RN. De um lado, os primeiros ricos (ABC e América) da capital; do outro, os primos pobres do interior do Estado, como Potiguar, Baraúnas, Coríntians de Caicó, ASSU, entre outros. Bola cheia x bola murcha.
No meio, os beneficiados.
Por Cesar Santos

Nenhum comentário:

Postar um comentário