Em 2011, sob a tutela do então presidente Hermano Morais, o América
conquistou o acesso para a Série B do Campeonato Brasileiro. Naquela
época, o clube passava por uma grande crise financeira, superada em
campo com o apoio da torcida e as vitórias que levarão à ascensão rubra.
Quatro anos depois, o deputado estadual espera repetir do desempenho
daquele ano.
Morais volta ao clube em condições semelhantes. Agora, com a lacuna
na presidência aberta pelo licenciamento do então presidente Gustavo
Carvalho que deverá oficializar a saída na reunião do conselho
deliberativo da próxima quinta-feira (14), o dirigente irá acumular as
funções de vice-presidente administrativo e presidente do clube. “Pessoal entendeu qu eu seria o nome ideal para coordenar, estar à
frente nesses meses, até porque ele (Gustavo Carvalho) não vai
renunciar, apenas se licenciar. No primeiro momento resisti um pouco por
estar em tratamento de saúde, mas entendi as dificuldades, percebendo
que outros farão mesmo esforço como (Alex) Padang no marketing, Paulinho
(Freire) no futebol, entre outros colaborando como Eduardo Rocha, José
Rocha, e tantos outros”, afirmou. Sobre a motivação de voltar a comandar o time rubro, Hermano afirmou
estar orgulhoso pela oportunidade de colaborar com o clube mais uma vez,
em especial, por ser o centenário rubro. Hermano revelou ainda que
tinha intenção de retornar a presidência no próximo ciclo, caso fosse
uma unanimidade entre conselheiros e torcedores. “Eu sou americano de coraão, então o América sempre me contagia.
Vinha me preparando psicologicamente diante de muitas manifestações, mas
pensava só para janeiro do próximo ano, caso não houvesse outros
candidatos, mas sou uma pessoa movida a desafios, o grande desafio e o
amor pelo América terminam por me deixar estimulado. A situação é
difícil do ponto de vista financeiro e com responsabilidade de iniciar a
Série C, por isso, vamos precisar do esforço de todos, fazer uma grande
campanha de adesão ao sócio-torcedor para garantir receita mínima”,
destacou.
Em busca de soluções
A previsão de voltar ao comando do clube americano foi antecipado
devido à forte crise financeira pela qual passa o time rubro que perdeu
aproximadamente R$ 6 milhões em receita devido ao rebaixamento para a
Série C e com o fim do contrato de patrocínio da Caixa Econômica, cuja a
renovação já é vista como improvável dentro do clube. Nesse sentido, o clube e o novo mandatário começam a buscar
alternativas para reduzir o profundo impacto financeiro na montagem do
elenco. No início do ano, a disputa de uma final da Copa do Nordeste era
vista como a redenção financeira para superar a perda de patrocínios e
cotas. Com a desclassificação, contudo, administrar as contas se tornou
um desafio. “Iniciamos com uma situação favorável dentro de campo com o bicampeonato conquistado, mas o grande desafio com o Campeonato da
Série C. Temos que encontrar soluções financeiras que permitam e possam
favorecer, buscarmos alguns reforços para ter equipe competitiva para
disputar e até vencer a Série C, mas o que queremos no mínimo, garantir o
retorno a Série B”, reforçou.
Apoio do licenciado
Dentre outras coisas, o futuro presidente rubro – que assume por
direito na próxima semana – assegura que a escolha pelo afastamento de
Gustavo Carvalho foi uma decisão pessoal. Ele garante que chega a
presidência com o apoio do então presidente do clube e admite que o
licenciamento foi provocado pela pressão da torcida. “Quero reconhecer o esforço do presidente Gustavo, em sua gestão
conquistou dois campeonato, mas tivemos o insucesso na Série B que criou
desgaste junto a torcida americana. Ele, de forma muito amadurecida,
reconheceu essa situação e colocou a situação de dificuldade que existe
no América. O sentimento de Gustavo é de quem quer um ambiente novo para
estimular o torcedor americano a participar mais da vida do clube para
que ele tenha sucesso e vai continuar colaborando”, concluiu.
Por Bruno Araújo/Portal no Ar
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