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segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Fidelidade e resistência: torcida Fera é exemplo no centenário do Alecrim

Em 100 anos de história, um dos maiores símbolos do Alecrim Futebol Clube é a torcida Fiéis Esmeraldinos Radicais. Fundada em 1977 por um grupo de 12 torcedores que se reuniam para assistir aos jogos do Verdão em Natal, a Fera se notabilizou pela fidelidade ao clube mesmo com os jejuns de títulos, enfrentando longos períodos sem levantar taças.
Alecrim 100 anos - Torcida Fera (Foto: Reprodução) 
Torcida Fera é um dos símbolos da fidelidade
e da resistência do Alecrim (Foto: Reprodução)
Quando nós criamos a torcida, já fazia nove anos que o Alecrim não era campeão. Depois, ele passou 17 anos sem títulos. Agora, já está com 30 anos sem ser campeão e a torcida nunca abandonou. A gente viajou para todo o Brasil. Todos os jogos aqueles torcedores iam com uma fidelidade realmente muito grande. Infelizmente, perdemos três componentes, que estão no andar de cima. Mas a gente continua na luta e tem o slogan da Fera que diz: "com o Alecrim até o dia que a luta se tornar desnecessária" -  conta Normando Bezerra, um dos fundadores da Fera. Como qualquer torcedor apaixonado, os integrantes da Fera fizeram loucuras para poder acompanhar o Esmeraldino em jogos espalhados pelo país. As viagens longas eram comuns entre os fiéis alecrinenses. Eu gastei o que não tinha. Se eu não fosse casado, acho que teria gastado muito mais. Eu sou professor. Na época, eu ganhava muito pouco, mas a gente não media distâncias de onde o Alecrim jogava. Eu fiz uma ponte de safena e, quatro meses depois, ainda meio debilitado, voltei a ir a jogos do Alecrim. O importante era acompanhar o Verdão Maravilha. O grande amor de todo alecrinense é o Alecrim. O grande sonho é ver o Alecrim voltar aos velhos e bons tempos - lembra Normando. O professor é torcedor do Esmeraldino há 50 anos e diz que o amor ao simpático time da capital potiguar surgiu por influência de seu pai, que o levou ao Estádio Juvenal Lamartine para ver uma partida do Verdão em 1965. Meu pai foi quem me levou ao Juvenal Lamartine. Nós fomos para uma decisão e o Alecrim perdeu nos pênaltis para o ABC. O Alecrim ia ser tricampeão. Tinha sido bicampeão em 1964, eu tinha dez anos, e não fui ao jogo. Foi minha primeira experiência no belíssimo JL, na época. Fui criando esse amor e está até hoje recorda.
Alecrim ao contrário
Normando é tão apaixonado pelo Esmeraldino que resolveu homenagear a equipe do coração no nome da própria filha. Usando um pouco de criatividade, inverteu o nome do Alecrim e a batizou como Mircela. Mas o que pouca gente sabe é que a ideia nasceu bem antes de Mircela vir ao mundo. Foi num bate papo informal com Chico Araújo, outro conhecido torcedor do Verdão, que o nome da filha de Normando surgiu.
Essa ideia a gente tinha há muito tempo. Conversando com meu professor de violão, Francisco Araújo, ele também tinha essa ideia e disse que ia colocar na filha dele. Eu disse: Chico, quem tiver uma filha primeiro coloca. Ele casou antes, mas os dois primeiros filhos nasceram homens. Eu casei logo no ano em que o Alecrim foi campeão, em 1986, nosso último título, e minha filha nasceu em dezembro desse ano. Eu aproveitei para fazer essa homenagem. Coloquei o nome dela Mircela, que é Alecrim ao contrário - revela.
Por Natal

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