O ESPORTE DE ASSU E REGIÃO, OBRIGADO PELA VISITA

sábado, 19 de setembro de 2015

Após jogo de um pagante, dirigente comemora "recorde" de 23 pessoas


Cabine rádio Atlético Potengi x Assu (Foto: Klênyo Galvão/GloboEsporte.com)Equipe da Rádio Princesa do Vale esteve no estádio (Foto: Klênyo Galvão/GEsporte.com)

Depois de ter apenas um pagante na partida contra o Santa Cruz de Natal, o Atlético Potengi bateu um recorde de público no seu terceiro jogo como mandante na segunda divisão do Campeonato Potiguar. Na tarde de sexta-feira, o clube comemorou o fato de que 23 torcedores compraram ingressos para assistir ao duelo contra o ASSU, no Estádio Nazarenão, em Goianinha, a 58 km de Natal.
Torcida geral Atlético Potengi x Assu (Foto: Klênyo Galvão/GloboEsporte.com) 
Atlético Potengi x Assu teve público de 23 pagantes
(Foto: Klênyo Galvão/GloboEsporte.com)
Foram 10 inteiras e 13 meias. Esses são os heróis que vieram prestigiar a partida. É difícil, mas tem que jogar, tem que competir. É uma das dificuldades que a gente tem que enfrentar no futebol brasileiro. E por incrível que pareça, a que deu mais gente foi essa partida mesmo. Bateu o recorde - festejou o supervisor do Atlético, William Souto, que lembrou que nos outros dois jogos em casa, o time computou quatro pagantes contra o Mossoró e somente um diante do Santa Cruz de Natal. O público total, incluindo os não pagantes, foi de 48 pessoas, resultando numa renda de R$ 165. Os custos operacionais da partida somaram um valor de R$ 2.237,77, ocasionando um prejuízo de R$ 2.072,77. Boa parte dessa renda veio de um grupo de 15 torcedores da cidade de Assú, que fica a 207 km do estádio. Em plena sexta-feira à tarde, eles enfrentaram a estrada para apoiar o Camaleão do Vale, com direito a batuque e muito barulho na arquibancada. E deu certo. O ASSU venceu o jogo por 2 a 1, com gols de Nininho e Val Paraíba; Erisson diminuiu para os donos da casa. Nós viemos de Assú, a mais de 210 km de distância, somos torcedores fanáticos do Camaleão. Em plena sexta-feira, acabou o expediente de trabalho, a gente correu um pouquinho e conseguiu chegar a tempo para acompanhar o Camaleão, que já foi campeão do estado e se Deus quiser vai estar de volta à primeira divisão - disse o funcionário público e tocador de repique Willames Lopes.
Torcida Assu Atlético Potengi x Assu (Foto: Klênyo Galvão/GloboEsporte.com)Grupo de 15 torcedores veio de Assú para ver o jogo (Foto: Klênyo Galvão/GloboEsporte.com)
Com o ASSU liderando a competição com 13 pontos e bem encaminhado para chegar ao título, o técnico Reginaldo Sousa não se admira com a presença da torcida mesmo o jogo sendo tão longe de casa. Com outros adversários o público vem sendo pequeno, mas com o ASSU a gente vem tendo uma boa renda, o torcedor está comparecendo. Inclusive no jogo de hoje (sexta), mesmo sendo em Goianinha, nosso torcedor compareceu em bom número - afirmou. E se teve torcedor apaixonado que enfrentou horas de viagem para acompanhar o clube do coração, teve gente que foi ao estádio só por diversão mesmo. O empresário Alan Anselmo mora em Natal e resolveu sair de casa para ver o jogo de duas equipes que ele nem conhece muito bem. Para ele, uma opção de lazer e uma forma de aliviar o estresse. Eu venho assistindo à Série B, mas está um nível tão baixo. Me disseram que a Segunda Divisão está com um nível melhor, então resolvi tirar a prova. Meu sobrinho estava estressado estudando e eu falei para ele: 'Vamos ali em Goianinha assistir a um jogo para ver se tira o estresse, já que a gente não vai nem pegar fila para entrar. No jogo anterior deu uma pessoa, dessa vez ia dar pelo menos dois - brincou Alan, que percorreu 58 km até o estádio. Na área destinada à imprensa, apenas a equipe da Rádio Princesa do Vale, de Assú, ocupava uma cabine para transmitir a partida.

O narrador Adaílton Amorim disse que para ele a presença da torcida no estádio é indiferente, o que importa mesmo é soltar aquele grito de gol com emoção para quem está em casa. Quanto a narrar um jogo com torcedor ou sem torcedor, a emoção tem que ser a mesma. Quem está em casa não quer saber se tem torcedor ou não. Ele está querendo que o gol do seu time seja narrado com emoção - contou. No campo, o policiamento era feito por quatro oficiais da Polícia Militar destacados do batalhão de Nova Cruz. Sem possibilidade de briga entre torcidas, o subtenente Adriano Menezes se mostrava bem tranquilo durante a partida. Dava até para prestar atenção no jogo.

Por Goianinha, RN

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