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terça-feira, 15 de setembro de 2015

Márcio Mossoró reaparece na Turquia

A Copa do Brasil de 2005 foi apenas a terceira vez que um clube que não estava na Série A do Campeonato Brasileiro acabou como campeão do torneio. Naquele ano, o Paulista de Jundiaí era comandado pelo técnico Vagner Mancini, que atualmente dirige o Vitória na Série B do Campeonato Brasileiro, e tinha como estrela o meia Márcio Mossoró. Na época, com apenas 22 anos, o potiguar comandava as ações do time que contava ainda com o zagueiro Réver, que está no Inter; o goleiro Victor, do Atlético-MG; o volante Cristian, do Corinthians, e o atacante Finazzi, que também jogou no Timão. Dez anos depois da marcante conquista pelo time do interior paulista, Mossoró é destaque do Istambul BB, da Turquia. Em seu primeiro ano no país, levou um clube recém-promovido à primeira divisão nacional ao quarto lugar na temporada 2014/15. A boa campanha garantiu a classificação para a fase eliminatória da Liga Europa e chamou atenção de outros clubes turcos.
Márcio Mossoró - meia do Istambul BB (Foto: Divulgação/IBFK) 
Márcio Mossoró (laranja) em ação com a camisa do Istambul 
BB da Turquia (Foto: Divulgação/IBFK)
Mesmo atuando por tanto tempo fora do país, Mossoró mantém viva a lembrança do primeiro título da sua carreira. O Paulista foi o início de tudo na minha carreira. Depois de anos longe de casa, com o sonho de me tornar um jogador de sucesso, aquela conquista foi um divisor de águas para mim e para boa parte do grupo e sem dúvida foi uma passagem marcante - descreve. Para chegar ao título, o Paulista não teve vida fácil. Eliminou Juventude e Botafogo nas primeiras fases de competição. Nas oitavas de final, o confronto foi com o Internacional e a vitória só veio nos pênaltis. Nas quartas de final, foi a vez de medir forças com o Figueirense e a passagem para as semifinais veio também na disputa por pênaltis. Aí foi a vez de duelar contra o Cruzeiro. Acho que a partida contra o Cruzeiro, no Mineirão lotado, foi nossa maior dificuldade. O Mancini montou uma equipe muito qualificada, com jogadores que queriam crescer na carreira e estavam prontos para o desafio. E deu no que deu - comenta. A final contra o Fluminense terminou com uma vitória por 2 a 0 no Jayme Cintra e, com o 0 a 0 em São Januário, veio o título. Um dos gols que deram vantagem ao Paulista no jogo de ida foi marcado pelo potiguar. Considero meu melhor momento nos jogos finais, principalmente na semifinal contra o Cruzeiro e na final contra o Fluminense, na qual pude marcar no primeiro jogo. Naqueles dois confrontos eles já viam nossa equipe como uma ameaça, e daí todos crescemos e conquistamos o título - lembra. Aos 32 anos, Márcio Mossoró é hoje um dos principais jogadores do elenco do Istambul BB, clube que disputa a primeira divisão do Campeonato Turco. O meia disse que se surpreendeu com a estrutura que encontrou, após deixar o futebol árabe em 2014. Na última temporada, a primeira que o Istambul BB disputou a primeira divisão turca, a equipe terminou na quarta posição, atrás apenas de Galatasaray, Fenerbahçe e Besiktas.
Márcio Mossoró - meia do Istambul BB da Turquia (Foto: Divulgação/Assessoria P2) 
Mossoró em passeio pela Turquia com a família
(Foto: Divulgação/Assessoria P2)
A estrutura aqui é de primeiro nível. Temos tudo por aqui. É um clube novo, recém-promovido à liga principal. E no primeiro ano na elite, que foi ano passado, chegamos em quarto. Surpreendemos a todos. Conseguimos uma vaga para as eliminatórias da Liga Europa, mas acabamos perdendo para o AZ, da Holanda - explica. As boas atuações renderam elogios da imprensa local e fizeram crescer a expectativa sobre um segundo ano na elite, após a surpreendente campanha na temporada 2014/15. Elogiaram a equipe por inteiro pelo resultado e a mim, especificamente, por ser uma peça fundamental no time e que contribuiu muito para chegar até onde chegou. Esse ano não começamos tão bem. E, pelo resultado na primeira temporada, houve uma expectativa muito grande não apenas dos jogadores, mas também dos torcedores por bons resultados. Então começou a haver uma pressão, o que é normal, pelo que fizemos anteriormente - avaliou. O clube conta com outro brasileiro no elenco atual. O atacante acreano Doka Madureira foi um dos responsáveis por auxiliar Mossoró na adaptação ao novo país. Aqui tem sido igual aos outros países. A única diferença é que não tem igreja evangélica para ir, mas nas demais coisas é igual, shopping, restaurantes, etc. Doka me ajudou bastante também. Temos um tradutor, ele fala muito bem português e tem uma pessoa que trabalha para mim fora do clube que fala português muito bem também - revela.
Por Natal

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