O ESPORTE DE ASSU E REGIÃO, OBRIGADO PELA VISITA

domingo, 6 de setembro de 2015

O vício que agrada a poucos e que acaba com o Baraúnas



Quem é o presidente do Baraúnas? Fiz a pergunta na redação do JORNAL DE FATO, para uma resposta tímida, quase inaudível: – José Carlos de Brito. E qual é a sua diretoria? Silêncio. E o que ele está fazendo para reerguer o Leão? Silêncio. Mas – insisti perguntando –, mesmo assim, o Baraúnas vai ao Estadual de 2016? – Vai – alguém respondeu. E qual o “milagre” para permitir o Baraúnas na temporada do próximo ano? – O dinheiro público, da cota de patrocínio da Prefeitura de Mossoró. Assim vive ou sobrevive o tricolor mossoroense. Todos os anos, a mesma coisa. Sem dinheiro, sem estrutura, sem projeto, sem perspectiva. Mas, chega janeiro, alguns abnegados sobem as escadarias do Palácio da Resistência e exigem o dinheiro do Município. Daí, vai para a disputa do Campeonato Estadual do Rio Grande do Norte por três meses e, em seguida, fecha as portas, para repetir o mesmo movimento na temporada seguinte. Alguém gosta disso. O torcedor aceita, pela passionalidade própria do ambiente, não se permitindo enxergar que isso é um mal para o Baraúnas e para o futebol mossoroense.
Absurdo.
Está na hora de acabar com esse vício, alimentado por poucos, mas sustentado pela paixão de uma torcida. Não se pode permitir que um clube de futebol sobreviva do erário. A própria Prefeitura já deveria ter trancado o cofre, até porque distribuir dinheiro para clube de futebol pagar salário de jogadores não é legal.
A Prefeitura tem a obrigação, sim, de oferecer o apoio necessário para a prática esportiva. Por exemplo: ao invés de liberar 200 ou 300 mil reais para os clubes, deveria firmar convênios para estruturar centros de treinamento, fortalecer o trabalho de base para a formação de jogadores, aproveitando o talento dos jovens da cidade.
Isso é legal.
Portanto, que os homens de responsabilidade, tricolores ou não, determinem o “chega” nessa situação, para que o Baraúnas possa, de forma efetiva, encontrar o seu caminho, como a sua própria história conta, sem precisar bater à porta da Prefeitura com o pires nas mãos. Está mais do que na hora de parar de brincar de futebol. Futebol é coisa séria.
Por Cezar Santos

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